Dessa forma, o curso de filosofia estava pela primeira vez inscrito na mais tradicional competição da Universidade Federal de Uberlândia, as Olimpíadas Universitárias (não há registro de participações da filosofia em edições anteriores da competição). Os treinos começaram para valer. No primeiro treino feminino apareceu só a metade do time. Foi então que o treinador percebeu o trabalho que ele teria. Segundo relatos dele mesmo, seria um trabalho árduo, porém, muito prazeroso. Estava tudo pronto para o primeiro treino masculino, com apresentação de treinador e tudo, porém, como tudo na vida tem que ser difícil, deu tudo errado, com faltas e atrasos. Foi o limite! Os alunos Helson e Jose Roberto não suportaram mais essa e decidiram ali abandonar o time e todo o movimento. Era o fim do sonho? Começava uma nova semana e tudo apontava para o fim, pelo menos para o time masculino. Foi quando aconteceu um fato novo: todos os jogadores do time masculino se reuniram e fizeram um pedido coletivo para que Helson e Jose Roberto reconsiderassem a decisão de abandonar o time, prometendo que tudo seria diferente dali para frente. Em consideração ao pedido, os dois decidiram voltar atrás. Mas, no fundo, todo mundo sabe que eles voltaram atrás porque são fominhas por futebol. Ufa! Agora sim. Depois de tantos encontros, desencontros, idas e vindas e muitas dificuldades, a filosofia finalmente estreou na competição. E, assim, foi se concretizando a participação da filosofia nas olimpíadas. Participação essa que foi modestíssima, isso para ser bem gentil. Foi contabilizada apenas uma vitória durante toda a competição no geral, o que não tira os méritos desses bravos alunos atletas, que compareceram a todos os jogos, o que já foi considerado um vitória. Por fim, a participação foi histórica, pois, terminamos em 7º lugar na classificação geral dentre um número de 24 participantes. Um grupo de alunos começou a perceber que aquele movimento que enfrentou tantas dificuldades antes e durante a competição não poderia acabar ali. Assim começava a ser plantada a sementinha da AAAFIL. Com o fim das olimpíadas, uma nova competição batia à porta: a Copa Universitária de Futsal. Não se pensou duas vezes e novamente os times masculino e feminino se aventuraram nesse novo desafio. E a participação dessa vez teve uma melhora significativa, deixando claro para todos os envolvidos que era possível inserir a filosofia de uma vez por todas no esporte dentro da universidade.
Após o termino dos Jogos, foram contabilizadas muitas derrotas, poucas vitórias. Apesar das derrotas na quadra, foi percebido que era possível oferecer para a delegação da filosofia uma maior condição para futuras participações em competições, gerando assim maior perspectiva de vitória. E esse sentimento uniu alguns membros dos times para que soluções fossem propostas. Percebeu-se que era possível transformar aquela torcida minúscula, mal organizada e equipes altamente desentrosadas (todavia animadas), em um grande modelo de organização esportiva, inspirados nos modelos das já existentes Associações Atléticas. Ficou evidente a viabilidade e capacidade que tínhamos de estar desenvolvendo um projeto deste porte. Após as duas competições, da parte de alguns alunos que estiveram envolvidos nas competições, foram surgindo intenções de darem vida a esse projeto. Foi então que foi convocada uma reunião para que esses alunos pudessem expor suas idéias e sugestões acerca do projeto de criação da Atlética, na qual contamos com a presença de 6 interessados, que se dispuseram a realizar e colocar o projeto na prática. Comprometidos em concretizar o sonho comum, esse grupo de pessoas formou um conselho criador da Atlética o qual desenvolveu e tomou decisões fundamentais para o rumo dessa nova entidade. Reunidos semanalmente, conseguimos desenvolver nosso estatuto, regimento eleitoral, logo, mascote, uniforme, entre outras coisas. Finalmente, após longas reuniões e discussões, o Regimento Interno foi finalizado, assim como foi definido quem comporia a primeira Diretoria-Executiva e também foi lavrada uma ata de fundação. A Atlética foi, então, fundada em 08 de dezembro de 2009. Assinaram a ata de fundação os alunos: Fernanda de Assis Ferreira, Jose Roberto Silva Andrade, Helson de Souza Neto, Juliana Cristina Nicodemos, Isabela de Castro Mendonça, Ana Carolina Lau. Cabe ressaltar que, mesmo não compondo a ata de fundação da AAAFIL, fizeram parte desse movimento e também deram sua contribuição alguns acadêmicos que devem ser lembrados. Contribuíram diretamente os alunos: Luciano Pereira, Maria Carolina Silva Ferreira e Ricardo Pereira Santos Lima. Ainda fizeram parte desse sonho os colegas: Jéssica Ferreira e Priscila Pereira Gomes da Silva. Todos merecem um agradecimento especial pela dedicação e envolvimento com o projeto. E a partir dessa data começamos a desenvolver o cronograma de atividades, estratégia corporativa, tudo para que a Atlética estivesse com uma base sólida para funcionar com força total a partir do primeiro semestre de 2010. Mas, como a cultura de uma entidade de fomento ao esporte não existe em nosso curso, percebemos que teríamos que criar essa cultura para que as pessoas acreditassem no projeto. E esse será o maior desafio das primeiras diretorias da Atlética: criar e fomentar o sentimento de amor aos esportes para que a cultura de ter uma Atlética no curso de filosofia esteja presente em todos os universitários do mesmo.
Jose Roberto Silva Andrade
Diretor Presidente
Gestão 2009/2010
Eis a nossa sofrida trajetória!
ResponderExcluirMeus agradecimentos por ser lembrada, mas a vitoria é de todos nos pois juntos sofemos e bebemoramos muito, e juntos vamos um dia carregar a taça de 1° lugar.
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